segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cientistas ao Palco em S. Miguel - Açores

Cientistas sobem a palco na ilha de S. Miguel, na Escola Básica e Secundária da Povoação, num programa dirigido aos seus alunos mas aberto a todos os interessados em ver os espectáculos - com entrada livre.

PROGRAMA
24 de Junho, 9h30
Conferência de um macaco

A incrível história de um macaco que em 5 anos deixa de o ser. O ex-macaco apresenta-se perante nós vestido elegantemente, no apogeu da sua carreira e dá uma conferência descrevendo em linhas gerais o percurso e o estado actual da sua evolução — desde a captura em África, passando pelo circo, pelos espectáculos de variedades, a educação intensa e concentrada que recebeu — até chegar ao nível de cultura e urbanidade de um Europeu.

Com muito humor e uma certa dose de crueldade, numa perspectiva insólita, aborda as questões do evolucionismo. Sem fins didácticos, sem vincular conhecimentos científicos exactos, o legado de Darwin pela pena de Kafka é sintetizado num genial relato na primeira pessoa. Nesta conferência o ex-símio, dá conta da sua experiência pessoal: uma amálgama concentrada dos mecanismos da evolução. Um mergulho frio e consciente no mistério da passagem dos primatas a Homo sapiens sapiens, da irracionalidade à racionalidade, da animalidade à humanidade, da natureza à cidade...


Ficha artística
A partir da obra de Franz Kafka
Dramaturgia e encenação: Annalisa Bianco, Virginio Liberti, A. Pinheiro
Com: Amândio Pinheiro
Vídeo: João Leal, José Pedro Magano
Mascaras: Elena Veggetti, Marco Picarreda
Som: Otto Rankerlott
Produção: Sara Paz
Direção Técnica: Filipe Pinheiro
Comunicação: Olívia Justo Coelho
Imagem: Maria Abreu
Duração: 35m


24 de Junho, 11h00

Stupid Design


Um conjunto excepcional de circunstâncias permite a um conferencista que habitualmente não é convidado para encontros científicos apresentar uma teoria alternativa à Evolução para explicar a biodiversidade. É também explicado para que é que servem os mamilos dos machos e os pêlos nas orelhas. Serão apresentadas evidências científicas, distribuídos cartões profissionais e será sorteado na presença de um representante do Governo Civil (ainda não confirmado) um fim de semana para casais no deserto do Negev (sujeito ao stock existente).


Trata-se de uma sátira às teorias do “desenho inteligente” (ou intelligent design) que procuram travestir o criacionismo como ciência O espectáculo procura demonstrar que não é o formalismo e a complexidade de linguagem que tornam uma teoria cientifica. A base da ciência é a prova.


Ficha artística e técnica
De: David Marçal

Encenação: Amândio Pinheiro
Com: Carlos António
Cenografia e figurinos: Maria Gonzaga
Direcção técnica: Filipe Pinheiro

Produção: cqd e CAUSA.AC
Apoios: Comissão Europeia, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra

24 de Junho, 12h00
Nascer da Evolução



A acção decorre num mundo futurista não muito distante em que as teorias do criacionismo e do desenho inteligente prevaleceram sobre a Evolução, que é vista como uma teoria retrógada e obsoleta. Neste contexto, um médico e investigador (o Dr. João Honório), acaba por descobrir através das sua prática clínica que as bactérias podem desenvolver resistência a antibióticos - o que é um exemplo de evolução. Cai em desgraça na comunidade científica e vê-se remetido ao seu corpo, como último reduto para prosseguir os seus trabalhos de investigação.

O espectáculo faz uma alusão implícita aos movimentos crescentes, especialmente nos EUA (felizmente ainda com uma expressão limitada em Portugal) que procuram fazer passar o Desenho Inteligente (a ideia de que a biodiversidade resulta de uma criação inteligente) como uma teoria científica. É também uma abordagem sobre a capacidade de as bactérias desenvolverem resistência aos antibióticos, e a importância da utilização responsável de antibióticos.


Ficha artística e técnica
De: André Levy, a partir de uma ideia de David Marçal
Encenação: Amândio Pinheiro
Com: Carlos António
Cenografia e figurinos: Maria Gonzaga
Direcção técnica: Filipe Pinheiro
Vídeo: João Leal e José Pedro Magano
Participação especial em vídeo dos investigadores: Adérito Araújo, Ângelo Tomé, Ana Luísa Cardoso, Ana Rita Álvaro, Alexandrina Ferreira Mendes, Carlos Fiolhais, Cláudia Cavadas, Elisabete Augusto, Elsa Henriques, Raquel Ferreira, Paulo Gama Mota, Sara Trabulo, Sónia Duarte, Teresa Girão, Teresa Rosete
Produção: cqd e CAUSA.AC

Apoios: Comissão Europeia, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra

Dia 25 de Junho, 11h30
De que falamos quando falamos de cientistas? - um espectáculo de teatro-fórum

A vida dos cientistas tal como ela é: como se começa a carreira de investigação, como é que se conjuga o trabalho com a família e amigos, ficar ou ir embora de Portugal, o que são os orientadores e o que fazer quando desorientam. O que são bolsas e empregos científicos? De que vivem, o que querem, de onde vêem e para onde vão?
Só vale a pena ser cientista se for para descobrir a cura definitiva do cancro, a vacina para o HIV ou ganhar o prémio Nobel?
Cientista que se transformaram em actores para explicar tudo isto e mais, num espectáculo de teatro fórum que tenta responder à grande pergunta: Afinal, de que é que falamos quando falamos de cientistas?


No teatro-fórum é pedida à plateia que pense connosco a resolução dos problemas apresentados e que para isso suba a palco para substituir um dos actores para ensaiar novas formas de encarar as questões, tendo para isso um mediador/apresentador em palco – o curinga.


Ficha técnica e artística
Autoria: David Marçal, Joana Lobo Antunes e Romeu Costa
Direcção: Joana Lobo Antunes e Romeu Costa
Encenação: Romeu Costa
Interpretação: Ana Castro, Ana Osório, Catarina Silva, Mariline Justo e Virgínia Marques
Curingas: Magda Novais e Romeu Costa
Produção: cqd
Apoios: Fórum Lisboa, Instituto de Medicina Molecular, Instituto de Tecnologia Química e Biológica, Instituto Gulbenkian de Ciência, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Bragança, Comissão Europeia
Duração: 1h30

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